Os leitores desse humilde blog, que não são muitos mas são constantes, acabam por me fazer quase sempre a mesma pergunta. Por que eu sempre acabo falando mal de um estilo musical em meus posts? A resposta é quase óbvia: este ser que vos fala é, simplesmente, um amante do Rock.
Como disse certa vez o grande filósofo gaúcho Alemão Ronaldo: os outros ritmos são as ondas do eterno oceano do Rock and Roll. E eu tive a sorte de nascer nessas águas. Desde o berço, época em que chorava para dormir ao som de Nazareth, já dava indícios de que eu seria um discípulo ferrenho do som que emana dos céus e dizem ter sido criado pelo Capeta.
Independente de qual a divindade, ou capetanidade, que criou o Rock, o fato é que o século 20, boa parte dele ao menos, foi catalisado com o Rock como trilha sonora. Com seu tom desafiador e letras inteligentes, esse oceano varreu to Ocidente a caretice e os velhos costumes que contaminavam gerações. Muros foram derrubados e revoluções feitas por jovens que não aguentaram crer que o mundo era a repetição da vida monótona de seus pais e distorceram esses sons.
Já ouvi dizerem que tenho que gostar de coisas nacionais, que o Rock é coisa da gringa. Pode ser, mas, e desde quando a música tem nacionalidade? A música é inerente ao ser humano e patrimônio da humanidade. Além do mais, esse tipo de opinião é típica de colegas comunistas de apartamento que têm muito dinheiro na carteira, nunca pegaram num martelo e nem sabem o que é uma foice. No meu tempo de escola, eram apenas bundões. Hoje são vítimas de bullying tadinhas que escutam Otto sem entender uma palavra do que o cara fala, mas dizem que é legal.
Houve tempo em que eu era mais radical. Não aceitava que as pessoas ouvissem outros ritmos. Hoje em dia aprendi a respeitar os gostos: se uma pessoa quer dissolver seu cérebro ouvindo Michel Teló, que o faça, não tenho nada a ver com isso.
O problema todo não está em não gostar de Rock: o problema está em aceitar ouvir o que o mercado promove sem que seja feita uma reflexão. Qualquer um que seja capaz de refletir verá que as rádios estão reproduzindo fezes por ondas sonoras. Essa atitude é repudiada desde os príncípios do Rock, que é, por excelência, uma forma de contestação, logo, o resultado de uma reflexão.
Certa vez me disseram que eu acabaria ouvido Rock sozinho. Sei que é mentira, mas, ainda que fosse verdade, eu o faria. Como diz Nelson Rodrigues " toda a unanimidade é burra!", coisa que, os anos me dizem, eu não sou. Prefiro fazer parte da minoria, a fazer parte da unanimidade que é capaz de reeleger Collor e escutar Luan Santana.
E, acho, o pior de tudo é ser chamado de nazista por colunista do Yahoo! porque vaiamos um péssimo show da Cláudia Leitte. E quem lembrará dela quando ela parar de rebolar?
E, acho, o pior de tudo é ser chamado de nazista por colunista do Yahoo! porque vaiamos um péssimo show da Cláudia Leitte. E quem lembrará dela quando ela parar de rebolar?
Um brinde ao Rock!!! |
Um abraço sufocante e distorcido à todos!
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