sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Acho que fui enganado!

   Estamos, neste mês de janeiro de 2012, completando o primeiro ano de governo Dilma. E, como diz a música "Hoje" do Marcelo Nova, " ...acho que fui enganado!".


Dilma, mãe de quem?

   Confesso que votei na Dilma, a "mãe do Brasil" (?), e não me arrependo, até o momento, disso. Mas já está começando a me doer a imobilidade do governo federal, bem como a incapacidade de cumprimento das promessas de campanha.
   Desde que tive consciência da minha existência como ser político, meus votos são para a esquerda. No entanto, assim como aconteceu com a religião para com a minha pessoa, deixei  de crer em quase tudo. A não realização das reformar prometidas, principalmente a política, me fez ter convicção de algo que fingia não existir: no Brasil, não existem lados, ou correntes políticas, existem pessoas que querem se adonar do poder.

Os donos do poder em seu covil

   Em nosso querido país, infelizmente, os partidos se alinham em costuras absurdas, como se fossem filhotes em busca de um espaço no umbre materno. O voto na direita, ou no que seria a oposição, é praticamente impensável, pois tudo o que ela, a oposição, é criticar quem está no governo sem expor meios para fazer diferente. É a crítica pela crítica, com a finalidade de ataque com o sonho de estar no lugar do atacado. Como falou Danilo Gentili, após se alinhar com o Sarney e o Collor, o PT perdeu todo o direito de discutir ideologia política. 
   Em seu DVD,  intitulado " Politicamente Incorreto " o que Gentili mais faz é ser correto, abrindo podres, sendo incisivo, irônico e inteligentíssimo, a ponto de, em algumas piadas extremamente inteligentes, o público não rir, por, talvez, falta de conhecimento.

Danilo Gentili: politicamente incorreto

   O carnaval está aí, época de esquecer todas as besteiras prepotentes que citei acima. Atirar a bunda pra cima e deixar que alguém resolva os meus problemas depois da quarta-feira de cinzas. Mas, ao menos para mim, é como diz a canção que já citei  " ... Não há mais festa, nem carnaval, acho que fui enganado.." e, dando continuidade, agora, eu vou embora!


  Um abraço sufocante e enganado à todos!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O orgulho carnívoro dos gaúchos

   Uma coisa que não nego com certo orgulho bairrista, por qualquer pago que ande, é que sou gaúcho. Embora eu saiba que muito de nossa tradição seja uma construção posterior ao fato que elas remetem, me sinto orgulhoso dela ( tal qual como um físico e/ou um marxista que crê em Deus). E como todo bom gaúcho, algo que creio que seja, ou tente ser, penso que a associação que se faz com este adjetivo pátrio faz é inequívoca: churrasco.


Foto de um pequeno tira-gosto realizado antes de um churrasco




   A palavra "gaúcho", cuja origem é imprecisa, assim como o povo que ela representa, ultrapassa as fronteiras. Adentrando pelo Uruguai, pampas argentinos e sul do Brasil, esse povo encontra parte de sua essência no ardor de uma fogueira sobre um animal morto. E é assim que, de alguma forma, nós gaúchos ficamos conhecidos ao redor do mundo como excelentes churrasqueiros. Além de ter uma mística que atrai as mulheres, mas isso é assunto para outro post.

   O que acontece, e que venho aqui reclamar, é que existem pessoas que ao defenderem seus pensamentos, acabam atacando o dos outros, gerando um atrito. É o que ocorre entre os churrasqueiros mores, como eu, e os vegetarianos. Certa vez li que o gaúcho é o tipo mais desumano dos humanos, por sentir prazer em comer outro animal. Quanta ignorância! Explico.

   Além de não ser só o povo gaúcho que come animais mortos, assados ou não, tal carnificina só demonstra que somos um povo de boa memória. Ora, estamos aqui honrando nossos antepassados, que tanto lutaram para que chegássemos ao topo da cadeia alimentar!

Cadeia alimentar: até os zumbis chegarem, estaremos no topo







    Além do fato de estarmos honrando nossos antepassados, outro fator pesa na nossa escolha pela carne: o ato ritualístico de se sentir superior sobre uma presa abatida. Ao honrarmos quem pisou na terra antes de nós com um belo churrasco, estamos, ao mesmo tempo, honrando a vida do animal que foi morto, comendo-o por inteiro, aproveitando dele até o berro.

   Certa vez li que, ao nos alimentarmos de outro animal, estamos cometendo uma espécie de canibalismo de reino. Ora, então me expliquem os vegetarianos, como que adubamos as plantas para que se nutram? Isso mesmo, resto de outras plantas mortas, o famoso adubo orgânico. Seriam, então, também as plantas canibais? Na opinião desse humilde escritor, é quase certo que sim. Estamos todos, portanto, a cometer esse canibalismo de reino.

Adubo orgânico: ou seria, churrasco para plantas?




   Pois é minhas crianças, além dos fortes fatores culturais, ainda temos os fatores físico-biológicos para nos alimentarmos de outros animais: imagine um bebê recém nascido mamando na teta de um brócolis!!!

   A comida é parte da minha cultura; Eu também sou parte da minha cultura; Se você não gosta da minha comida, logo não gosta da minha cultura, e, portanto, você não gosta de mim. Se você não gosta de mim, te afasta da minha churrasqueira e vai comer a grama do jardim!



   Um abraço sufocante e carnívoro a todos!



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O mito do saber absoluto

   Lembro-me de uma certa ocasião em que levei minha irmã, adoentada, ao médico. Chegando ao consultório, qual não foi a minha surpresa ao ouvir que o médico constatara, talvez por inferência divina, que minha irmã estava com uma virose. Irônico, como sempre tentei ser, agradeci ao médico e disse que agora poderíamos ficar mais tranquilos uma vez que ela estava com algo entre gripe e AIDS. Quase fui surrado pelo médico.
   O pequeno causo real acima demonstra com clareza uma atitude daqueles que detêm o mito do saber absoluto.

Médicos: uma das classes profissionais que mais sofre ( e se aproveita) do mito do saber absoluto

   Mas, o que, what hell, é o mito do saber absoluto? É o mito, segundo o qual, a pessoa, ou o profissional ( o que dá na mesma) é infalível, pois estudou para saber tudo aquilo. Como no caso de minha irmã: como o médico poderia saber se é uma virose, sem ao menos realizar um único exame? E, ainda que realmente fosse uma virose, qual das milhares delas?
  Esse mito se desfez para mim quando estava na segunda série. Quando meus colegas perguntavam para a professora os significados de diversas palavras da nossa amada língua portuguesa. A professora, num beco sem saída, obrigou-se a dizer que não possuía o conhecimento do significado de todas as palavras, assim como ninguém jamais saberia, ou soube, sobre tudo.


Professorado: a classe que mais perdeu com o fim do seu monopólio do saber

   Este mito, minhas crianças, é o que faz com que muitas pessoas sejam tratadas de forma errada por médicos que mal as olharam. Ainda assim essas pessoas aceitam esse tipo de tratamento, porque, afinal de contas, quem lhes receitou foi um médico, não pode estar errado. Por certo que muito disso acontece por falta de um sistema de saúde  falho, muito falho, que sujeita esses profissionais a darem maus atendimentos.
   Outro exemplo clássico do mito do saber absoluto se encontra na seguinte afirmação: " se apareceu na tevê, é porque é verdade!". Como os leitores desse blog devem saber, nada está mais longe da verdade. Sabe-se de inúmeros casos, isso somente para citar o caso brasileiro, em que as emissoras de tevê mentiram, omitiram ou, pior ainda, inventaram notícias para forjar uma verdade.

Televisão: outra fonte do mito em questão
   O problema de tal mito é menos dos profissionais que os carregam e mais da educação com a qual o povo é adestrado. A internet tem contribuído e muito para dissolver alguns mitos ( e criar outros tantos), mas a capacidade de refletir e argumentar é que é a principal arma contras os maus profissionais que utilizam seu diploma como se fosse um deus sabedor de todas as questões, ou o Google. E essa capacidade se adquire através de uma educação de qualidade, onde, também o professor, não seja o dono da verdade, mas um catalisador da curiosidade que leva o alunado ao conhecimento.
   Como sempre, a raiz de todo o problema é a falta de esforço educacional de um país onde se crê que investir em educação seja construir um prédio e colocar uma placa com o escrito "escola" nele.


Escola abandonada: construtora de mitos e perpetuadora da ignorância
   Ou se radicaliza o investimento em educação, ou teremos sempre uma virose, na qual o vírus ignorância é o principal agente da doença social vivida na Terra Brazilis.

   Um abraço sufocante e detentor de todo o saber à todos!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um brinde ao Rock!

  Os leitores desse humilde blog, que não são muitos mas são constantes, acabam por me fazer quase sempre a mesma pergunta. Por que eu sempre acabo falando mal de um estilo musical em meus posts? A resposta é quase óbvia: este ser que vos fala é, simplesmente, um amante do Rock.


This is Rock!!!

   Como disse certa vez o grande filósofo gaúcho Alemão Ronaldo: os outros ritmos são as ondas do eterno oceano do Rock and Roll. E eu tive a sorte de nascer nessas águas. Desde o berço, época em que chorava para dormir ao som de Nazareth, já dava indícios de que eu seria um discípulo ferrenho do som que emana dos céus e dizem ter sido criado pelo Capeta.
   Independente de qual a divindade, ou capetanidade, que criou o Rock, o fato é que o século 20, boa parte dele ao menos, foi catalisado com o Rock como trilha sonora. Com seu tom desafiador e letras inteligentes, esse oceano varreu to Ocidente a caretice e os velhos costumes que contaminavam gerações. Muros foram derrubados e revoluções feitas por jovens que não aguentaram crer que o mundo era a repetição da vida monótona de seus pais e distorceram esses sons.



Jimi "Deus" Hendrix em Woodstock'69: revolução cultural
   
   Já ouvi dizerem que tenho que gostar de coisas nacionais, que o Rock é coisa da gringa. Pode ser, mas, e desde quando a música tem nacionalidade? A música é inerente ao ser humano e patrimônio da humanidade. Além do mais, esse tipo de opinião é típica de colegas comunistas de apartamento que têm muito dinheiro na carteira, nunca pegaram num martelo e nem sabem  o que é uma foice. No meu tempo de escola, eram apenas bundões. Hoje são vítimas de bullying  tadinhas que escutam Otto sem entender uma palavra do que o cara fala, mas dizem que é legal.
   Houve tempo em que eu era mais radical. Não aceitava que as pessoas ouvissem outros ritmos. Hoje em dia aprendi a respeitar os gostos: se uma pessoa quer dissolver seu cérebro ouvindo Michel Teló, que o faça, não tenho nada a ver com isso.



Pessoa portadora de cérebro ouvindo sertanejo universitário

   O problema todo não está em não gostar de Rock: o problema está em aceitar ouvir o que o mercado promove sem que seja feita uma reflexão. Qualquer um que seja capaz de refletir verá que as rádios estão reproduzindo fezes por ondas sonoras. Essa atitude é repudiada desde os príncípios do Rock, que é, por excelência, uma forma de contestação, logo, o resultado de uma reflexão.
   Certa vez me disseram que eu acabaria ouvido Rock sozinho. Sei que é mentira, mas, ainda que fosse verdade, eu o faria. Como diz Nelson Rodrigues " toda a unanimidade é burra!", coisa que, os anos me dizem, eu não sou. Prefiro fazer parte da minoria, a fazer parte da unanimidade que é capaz de reeleger Collor e escutar Luan Santana.
  E, acho, o pior de tudo é ser chamado de nazista por colunista do Yahoo! porque vaiamos um péssimo show da Cláudia Leitte. E quem lembrará dela quando ela parar de rebolar?


Um brinde ao Rock!!!
    Um país também é o resultado do que o seu povo escuta. Logo, nós rebolamos... e muito!
  
    Um abraço sufocante e distorcido à todos!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Brasil e seus Kadhafis amestrados: um país de quem consome!

   Hoje, mais um país do mundo mulçumano comemora sua virada (?) na ordem das coisas, a tal revolução. Com a morte de Moammar Kadhafi, o mundo livrou-se de mais um megalomaníaco tirano. Lembro que é comum ver as pessoas dizerem no Brasil o quanto é bom não existir esse tipo de gente por aqui. Não existe mesmo?


Kadhafi: a classe do Mestre Kame com a cabeça do Sérgio Malandro
   Nós outros brasileiros costumamos pensar, felizes, que este tipo de cancêr social maligno só acontece nos pagos distantes: ledo engano, no Brasil, ao invés de um megalomaníaco, temos um sistema dessas proporções. Explico.
   Lembro-me de certa vez, no limiar entre a adolescência a fase adulta, de ter visto um jovem negro sentado na frente de um dos endereços comerciais mais nobres da cidade de São Leopoldo. Ele comia um pão, aparentemente sem nada dentro. Aproximaram-se, numa viatura, quatro brigadianos, a polícia militar do Rio Grande do Sul, e começaram a ofender o rapaz que estava ali, para que o mesmo saísse daquele lugar. O rapaz não obedeceu. Foi quando, aos socos, o jovem negro foi convencido covardemente por um desses "homens" de farda, a deixar o local , tornando-o mais " limpo".
  Ao presenciar a cena supracitada, eu, um iniciante na graduação de História, vi a Constituição Brasileira de 1988 ser rasgada como lixo. " Todo o cidadão brasileiro, nato ou naturalizado, tem o direito de ir e vir por todo o território nacional" é o que diz a Constituição.

Violência policial: a culpa é de quem?
  A partir do relato acima, pergunto: quem são os cidadãos que podem ir e vir no Brasil? Respondo: somente aqueles que consomem. E não aquele que consome seu pão velho em frente a uma loja. Mas sim, somente quem consome o que está na loja. Infelizmente, se você não está na classe consumidora, você tem o direito de ir e vir para onde os que consomem querem que você vá.
   Levando a coisa para uma esfera maior, temos o exemplo atual do caso Rafinha Bastos. Alguém duvida de que ele será condenado, mesmo sem ter cometido crime algum? Isso vai ocorrer somente porque ele se envolveu num enrascada com famílias poderosas, que consomente mais que ele. E se a piada fosse com a menina negra que está grávida e cheirando cola na esquina? Nada aconteceria.
   E o caso Rafinha é só um exemplo, temos muitos outros: Maluf, Teixeira, Cacciola, Lalau, Macedo, Marinho e tantos outros que cometeram verdadeiras atrocidades legais e nem ao menos foram julgados. E olha que esses nem são os verdadeiros vilões da História. Apresento-lhes a face do mal:

O Congresso Nacional: Pólo megalomaníaco brasileiro
  No local acima, temos os nossos Kadhafinhos. Erguem monumentos (obras) que não servem para nada. Erguem uma Constituição que não ensinam o povo a defender. Erguem somas em dinheiro que abaixam em seus fundilhos. Não erguem leis que atendam as demandas da sociedade, engessando o judiciário e toda a cadeia abaixo dele. Erguem a mão para pedir o meu voto. Erguem sorrisos deslavados de quem está rindo na derrota, como os líderes loucos e sádicos. São esses caras, mandantes do sistema brasileiro, e não os policiais, que erguem o cacetete para impedir que alguém coma o seu pão. São esses caras que derrubam meu país.




   E nós? Nós arriamos as calças e tomamos bem tomado...

  "Le Brésil n’est pas un pays sérieux" Charles DeGaulle (?)
   Um abraço sufocante e megalomaníaco à todos!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

The Walking Dead: o lado bom da coisa!

   Não sou um cara extremamente macho, do tipo que diz que pega cobra com a mão, mas poucas coisas conseguem me deixar tenso o suficiente ao ponto de sentir medo. Uma delas é ter de escutar Aviões do Forró ou então as rádios " sertanejas" dentros dos ônibus da vida. Visualmente falando, outra coisa que me deixa nesse estado, é assistir The Walking Dead.

The Walking Dead: Medo!!!
   A série exibida pela Fox se passa num mundo em que, de alguma forma, os mortos começam a andar e ganham predileção pela carne humana para saciar a fome. Fome? Não sabia que mortos sentiam isso, mas tudo bem. O fato é que a coisa toda se centra na sobrevivência de um pequeno grupo de pessoas a toda ordem de dificuldades: os zumbis são só mais uma delas.
   Fome, doenças, desconforto, são algumas das faces que a morte pode assumir nesse novo e improvável mundo. Mas, até que um mundo nessa situação não seria algo tão ruim. Pensemos juntos:
  Você poderia atirar na cabeça do seu chefe com a consciência de que estaria fazendo a coisa certa;
  Os níveis de criminalidade iriam despencar vertiginosamente;
  Finalmente nos livraríamos do Congresso e sua corja de corruptos, ops, políticos;
  Se o Rafinha Bastos virasse um zumbi, poderia dizer que comeria quem ele quisesse sem problema algum;


Rafinha: se ele fosse zumbi, poderia comer quem quisesse
  Aulas chatas? Nunca mais;
  Emprego? Para que? Agora para ter o que você sempre sonhou, como aquela tevê gigante, é só pegar! Pena que não tem mais eletricidade;
  Nunca mais ficaria com medo de colocar a tevê na Globo e ver Zorra Total;
  Poderia criar seu próprio feudo;
  Você iria provar pra todo mundo que é macho ao sobreviver, mas sexo continuaria sendo um problema! ( a menos que descubra como fazer isso com zumboas!)

  Vendo pelas colocações acima, até que o cenário de um apocalipse zumbi não seria dos mais desoladores! Talvez por isso que eu sempre acabe assistindo essa série, mesmo com a tensão louca que ela me transmite!!!!


   Um abraço sufocante e morto-vivo à todos!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dia 12 de outubro: do que se trata esse feriado mesmo?

     Dia 12 de outubro. Embora muitos concluam que o feriado do dia de hoje seja uma homenagem às crianças, esses estão, obviamente, errados. Os que acham que o dia de hoje é uma comemoração ao achado de dois caboclos no mesmo dia de hoje, só que alguns séculos atrás, no rio Parnaíba estão, também, errados. O dia de hoje é uma ode ao poderio que a Igreja Católica exerceu e exerce no lado de cá do planeta.





Muito mais que um cenário para Dan Brown, o Vaticano ainda é uma das maiores forças do planeta







   Em busca de soluções para justificar seu poder perante as populações aborígenes e/ou predominantes nas Américas, a Igreja Católica utilizou-se de expedientes nada santos. No México, temos a aparição de Guadalupe, por meio do achamento da imagem da santa por índios. No Brasil, temos a Aparecida, achada por dois caboclos.

   Mais eficiente que a tortura corporal como castigo para demonstrar a ira de Deus por não seguirem a fé cristã, os achamentos são uma forma "divina" e "misteriosa" para demonstrar aos pagãos e gentios o quanto estavam errados em seguir os ídolos e " falsos-deuses" que seguiam e o quanto deveriam seguir aquele novo deus verdadeiro que fazia coisas surgirem do nada.

   Não tentando invalidar a capacidade que a Igreja tem em se fazer crer, mas, imaginem, que apelo teria este achado se ele fosse feito por um pirata francês, ou um observador germânico, ou mesmo um colono português? Seria difícil acreditar que teríamos toda a repercussão que hoje existe em torno do ato dos caboclos.

   Trazendo o assunto para os nossos dias, temos, então, um feriado católico, capaz de parar um país de dimensões continentais (inclusive aqueles seres que não são católicos!!!) por um motivo nada católico: a conquista da alma dos terríveis seres que habitavam esses pagos, por meio da força e da farsa!





Índios sendo catequizados: bom trabalho católico

   Que a imagem da santa foi encontrada, não há dúvidas. As dúvidas pairam sobre as circunstâncias. Mas, enfim, não adianta discutir isso, uma vez esse feriado já está com seu sentido esvaziado há anos: o que interessa aos brazucas nessa data é dar presentes caros que seus filhos destruirão em segundos para tentarem se redimir de suas ausências enquanto pais.






Brinquedos caros: mas do que mesmo que se trata esse feriado?





   O que ainda justifica a "comemoração" desse feriado é a movimentação que ele traz para a economia, por conta dos brinquedos inúteis e pelos sorvetes nos parques consumidos por escutadores de Justin Bieber. No mais, tudo se trata de uma manifestação de força política, expressa pela força “divina" de uma Igreja em apuros por não conseguir explicar o que aquele monte de terra com um monte de gente não-cristã encima fazia no meio do oceano uma vez que não consta na Bíblia.

   Estava falando da América!


América: mas... onde estava esse troço???!!!


   Um abraço sufocante e católico à todos!