Breve história.
Certo dia um adolescente judeu - na saída da escola – recolheu um pequeno papel no chão. Percebeu que era um panfleto publicitário e cheio de coragem e bravura exclamou:
- Viva a palestina!!!!!!!!!!!!
Fim da história.
O conto acima não faz nenhum sentido, mas é exatamente o que o MEC espera que aconteça espalhado publicidade anti-homofobia. O ministério de um país continental acha que distribuir vídeos de afeto entre pessoas de mesmo sexo pode, de alguma maneira, modificar a percepção de sexualidade de uma sociedade.
Não quero entrar no mérito de questionar o valor pago as agências publicitárias para fazerem propagandas sem sentido (!), mas procuro entender como o órgão responsável por administrar a formação de opinião do país chegou ao ponto de fazer uma m_r_a gigantesca. Como se um dia fosse possível alguém olhar uma propaganda e modificar o pensamento de uma Era.
O que me intriga é falta de respeito para com todas as outras "diferenças" que não ganharam uma propaganda própria, pois, um dia numa escola pública, matricularemos nossos filhos e ganharemos um livro de como tratarmos as mulheres, os negros, os homossexuais, os índios, os pobres, os portadores de necessidades especiais... Não há meu caro, preconceito maior que o politicamente correto, pois a preocupação com a naturalidade em tratarmos as nossas diferenças é altamente preconceituosa. Dessa forma, o preconceito é institucionalizado em nosso país, pois colocamos barreiras e limites de classificação de cada um na sociedade.
Eu, para auxiliar o MEC nas suas próximas empreitadas, imaginei um vídeo de poderíamos mostrar para as crianças nas escolas públicas:
"...o cenário seria uma escola pública, um jovem de origem alemã (cadeirante) beijando (de língua) um velho negro, amparados pelo zelador da escola (um índio cego) e, ao fundo, uma mulher executiva (muçulmana) olhando seu marido zelador..."
As crianças compreenderiam a respeitar todos os seres humanos na mesma hora!
Por hora, é inegável que as políticas públicas na educação estão equivocadas, sobretudo, pela visão de causa e efeito nas práticas de inserção de todos na sociedade. Não se ensina consciência com propagandas para grupos sociais específicos, mas com educação de qualidade e visão sistêmica da responsabilidade de cada um na sociedade. Ao invés de promovermos passeatas e dias específicos para diversos grupos diferentes, vamos promover passeatas e mobilizações em prol da humanidade, do respeito de todos e dos direitos sociais. O kit distribuído nas escolas deveria ser muito maior, pois deveria conter educação de qualidade, esperança, filosofia, sociologia e dignidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário